Eu vivo indo embora e deixando os meus pedaços pelo chão da sua sala. Me diz que dessa vez eu não perdi a cabeça entre seus objetos e nossas fotografias! Eu larguei grande parte da minha história no seu quarto e não sei se ainda posso buscar o que ficou por lá. Foram os momentos mais bonitos, mas eu preciso juntar o que sobrou de mim e fazer uma longa caminhada. Sabe como é, a vida exige um pouco mais quando a gente tem a cabeça de vento e vai deixando um pouco de si pros outros. Eu me doei, e agora preciso de ajuda pra me reerguer. Preciso de ar puro, vento no rosto e música boa de trilha sonora. Gosto é de coisas simples!
Gosto também das suas respostas, que cortam minhas dúvidas que tentam me afogar nas interrogações. Te aconselho a esperar o tempo estabilizar, aguardar o meu sinal e a chuva cair. Tudo me parece um borrão no momento. Apareça com uma xícara de café em uma mão e meu travesseiro na outra. Vai ser um prato cheio pros meus dias nublados! Porque você sabe, tudo deu uma virada quando eu decidi fechar a porta. Assim, eu cerrei, não fechei totalmente. Você não merece dar de cara com a maçaneta trancada enquanto eu tô aqui do lado de fora curtindo a vida!
Seu sorriso vai me acalmar quando eu voltar contando tudo que vi no mundo… Será que você ainda vai estar no mesmo lugar, com as mesmas coisas e mesmas crenças? Eu não sei se você quer, mas você pode fazer parte dessa jornada comigo, basta dizer! Mas você nunca responde quando o assunto é sério e quando meu rosto se enruga de preocupação. Sei que você também se preocupa e acho fantástico, mas será que isso é suficiente enquanto eu faço as malas e vou correr atrás das borboletas que habitavam o meu estômago?